quarta-feira, 27 de maio de 2009

Solenidade abre o Sustentar 2009












































Especialistas de diversas áreas relacionadas à sustentabilidade participaram, ontem à noite (27), da abertura da segunda edição do “Sustentar 2009 – Fórum sobre energias renováveis e consumo responsável”, que tem como missão estreitar as discussões sobre a relação entre energia renovável, produção de alimentos, mudanças climáticas e futuro do planeta. Mais de 600 pessoas se inscreveram para participar do evento, atingindo as expectativas dos organizadores.
A solenidade de abertura do evento, realizada no Auditório Deputada Antonieta de Barros, da Assembleia Legislativa, reuniu dezenas de autoridades representando órgãos envolvidos com o assunto nos municípios, estados, país e mundo.O presidente do Parlamento catarinense, deputado Jorginho Mello (PSDB), deu boas-vindas aos participantes, destacando a importância de debates com este foco e de ações do Legislativo para promover a sustentabilidade. “No Sustentar 2009 podemos aprender um pouco mais sobre produção de energia e alimentos, mas, acima de tudo, podemos aprender o respeito e o zelo para com o meio ambiente. Aqui na Casa estamos projetando a construção do prédio Anexo com a captação da água das chuvas. Será uma das primeiras obras públicas a contar com este sistema”, informou.

O evento é promovido pelo Parlamento catarinense, através das comissões de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia e de Turismo e Meio Ambiente. O idealizador e coordenador do Sustentar 2009, deputado Pedro Uczai (PT), abriu o fórum de debates falando sobre o livro “Inevitável Mundo Novo – A relação entre energias renováveis, produção de alimentos e o futuro do planeta”, de sua autoria, resultado da primeira edição do fórum, que será lançado hoje à noite no Espaço Cultural Jerônimo Coelho.
Uczai destacou a concretização do debate em um estado que passou por uma das piores enchentes do país, nas regiões do Vale do Rio Itajaí, Norte e Grande Florianópolis, seguida por uma forte estiagem nas regiões Oeste, Extremo-Oeste e Meio-Oeste. “Pretendemos dar respostas, reagir, e uma das formas para isso é investir na energia renovável. O debate é fundamental e necessário para minimizar o uso de energias fósseis, mas não é o suficiente. Queremos transformar a Assembleia no maior espaço para discutir este assunto, pensar um novo marco regulatório para incentivar, com subsídios, programas de energias renováveis”, ressaltou o deputado.

O representante da ONU para Agricultura e Alimentação, José Tubino, destacou a importância do debate no momento em que uma crise gera insegurança alimentar em um sexto da população mundial. “Estamos passando por uma crise ambiental e financeira, com perda de florestas e rios e com os recursos em poucas mãos. Isto acaba estendendo a crise alimentar: cerca de 160 milhões de pessoas a mais que em outros períodos estão em área de insegurança alimentar.”O presidente da Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia, deputado Silvio Dreveck (PP), afirmou estar preocupado com o planeta. “Energia também é alimento e quando se desperdiça um, se desperdiça o outro. É com o desenvolvimento sustentável que começamos a evitá-lo”, explicou.

O presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, deputado Décio Góes (PT), destacou que não há mais tempo nem condições para a construção de desenvolvimento sustentável. “Eventos climáticos e a aprovação de um Código Ambiental para Santa Catarina menos defensivo é um desastre anunciado. O Sustentar serve para construir políticas e saberes e convocar à ação urgente.”Palestra de aberturaO secretário-adjunto Nacional de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Paulo Altaur Pereira Costa, fez a palestra de abertura do Sustentar 2009 destacando as energias renováveis no contexto das diretrizes e prioridades da política energética. Ele apresentou números do governo federal referentes às matrizes energéticas. Costa explicou que, em 2007, 89% da energia produzida no país foi sustentável, ao contrário do restante dos países que utilizaram apenas 18%. “O único continente com condições de sustentabilidade energética no mundo é o continente americano”, acrescentou. (Denise Arruda Bortolon/ Divulgação Alesc)

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