quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sustentar 2009 aborda importância das energias renováveis para o Brasil







A importância do uso de energias renováveis no planeta, e em especial no Brasil, foi tema do segundo painel apresentado na manhã desta quinta-feira (28) pelo diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Pedro Perrelli. A diversidade de fontes renováveis de produção de energia, entre elas a eólica, é considerado um tema fundamental para a sustentabilidade de todos os países.



Em uma breve explanação, Perrelli resgatou algumas fases da geração de energia elétrica citando que, com o fim da era do carvão, deu-se início à era do petróleo. Porém, de acordo com um relatório elaborado pela Wind Energy Council (WEC – Conselho de Energia Eólica dos EUA), as tendências globais até 2025 revelam que o petróleo deverá ser utilizado apenas para fins nobres devido ao seu preço. “No Brasil, a partir dos anos 50 ocorreu a construção de grandes barragens. Já nos anos 70 foi criado o Programa Nacional do Álcool (Proálcool). Na mesma década pesquisas realizadas em água profundas, a mais de 7 mil metros, revelaram a possibilidade de ampliação da exploração do petróleo. Logo após foram criados a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa)”, mencionou.



Diante desses acontecimentos, Perrelli ressaltou que o Brasil ainda precisa de uma política clara para a geração eólica, que viabilize negócios para a fonte energética, a fim de consolidar a participação no mercado de energia nacional. Segundo o diretor-executivo da Abeeólica, o Brasil segue o caminho de outros países para atrair investimentos e desenvolver a fonte eólica, como China, Índia e países europeus. “A China aparece em quarto lugar no ranking dos dez países com maior capacidade eólica instalada. O país asiático possui 12.210 MW, atrás apenas dos Estados Unidos, com 25.170 MW, da Alemanha, que dispõe de 23.903 MW, e da Espanha, com 16.754 MW”, frisou.



Perrelli acrescentou que uma política sustentável de uso da geração pelos ventos pode dar escala à indústria do segmento como um todo, que inclui fabricantes de equipamentos, projetistas, geradores e expansão do número de consumidores. Na Espanha, explicou, o maior volume de produção significou redução do custo do MWh. “No mundo, a energia eólica cresceu 29% nos últimos cinco anos. No Brasil, atualmente gera 143 GW e já se projeta uma produção de 300 GW. A hidroeletricidade continua como ‘âncora’ e as demais fontes permitirão fazer os ajustes.”



O palestrante disse que o Brasil precisa do Plano 1010, que visa produzir 10.000 MW de energia eólica nos próximos 10 anos. A implantação desse programa dependerá da realização de leilões para a exploração comercial da fonte. (Tatiani Magalhães/Divulgação Alesc)

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